25 de junho de 2009

Neda Soltan - por vezes a vida consegue ser mesmo cruel


Com certeza que nos últimos dias viram esta imagem no vosso ecrã de televisão ou na Internet, as imagens são chocantes e mostram os últimos momentos de uma pessoa que se sentia injustiçada e que ao manifestar-se, exigindo que a verdade fosse reposta, esta afronta ao regime levou com que houvesse fortíssimas retaliações por parte das autoridades. Neda pagou bem caro o seu acto com a própria vida. Esta é a minha homenagem a este exemplo de coragem.

Um Só

10 comentários:

teresa g. disse...

Tantas vezes...

"Um Deles","O Outro" e "Um Só" disse...

Mas que estado democrático é este que mata os seus próprios filhos ? A Neda era assim tão perigosa? Há momentos em que a Humanidade precisava de uma meia dúzia de Rambos para limpar o sebo de alguns barbudos, piratas do mar, putins e outros desgraçados que por aí andam.
Um deles

teresa g. disse...

Não subscresvo tudo o que aqui está escrito, mas achei interessante, e lembrei-me deste post: http://gatovadiolivraria.blogspot.com/2009/06/normal-0-21-false-false-false-pt-x-none_26.html

'Um deles' se me permites, discordo totalmente. Acho que o problema das sociedades ocidentais é precisamente demitirem-se das suas responsabilidades e ficarem (ainda que inconscientemente) à espera de heróis que não existem. Não precisamos de heróis, e nisso eu concordo com este artigo, precisamos de uma sociedade acordada e consciente, e menos individualista e egoísta. E se não o fizermos, um dia surgirão os ditadores, sabe-se lá de que quadrante (esquerda, direita, que importa) disfarçados de heróis. E parece-me que isso é um perigo bem real que corremos.

teresa g. disse...

Quando disse que não subscrevia o que 'aqui está dito' referia-me ao post do qual deixei o link, não ao teu, evidentemente :)

"Um Deles","O Outro" e "Um Só" disse...

Querida Teresa: Desde logo, transmitir te toda a nossa estima por seres uma resistente (e mais seguro no ocidente do que no oriente), e continuares a acompanhar esta aventura que começou com um trio, passou a um duo e não tarda nem solo será.
Bom, é que este blog foleiro, mas genuino, tem a sensação de existir graças a ti.
Quando dizes que «precisamos de uma sociedade acordada e consciente, e menos individualista e egoísta», pergunto-te o que é isso de sociedade? Faço parto dela, porque sou um múmero fiscal, e revejo me nela na defesa dos seus princípios base e na máxima Liberté, Égalité, Fraternité. E depois? Acredito que todo o português condena o que se passa no Irão. Mas o que podemos fazer de facto? Mandar as nossas tropas especiais para adormecer alguns de vez? Invadir o Irão com lenços brancos e a Internet debaixo do braço? A solução não vem de fora: o povo iraniano é que deve escolher,e pelos vistos, morrer pelos seus novos ideias. A nossa ajuda será sempre igual à do 12º jogador num estado de futebol: podemos gritar, ameaçar, humiliar, o jogo tem os seus intérpretes e são eles que devem decidir o resultado final. Penso que não há outra solução.
..O meu filho está me a perguntar quem é o "Macal Jason". Vou lhe explicar com um passo de dança e um aperto localizado :)
Um deles

"Um Deles","O Outro" e "Um Só" disse...

Quando me referi a "blog foleiro", queria dizer "blog meio foleiro"...faz toda a diferença
eheh

teresa g. disse...

Ui, isso dava uma discussão comprida! Como só te encontro na Vinizaima parece que a discussão vai ter que ficar para o ano eheh!

Tentado explicar em poucas palavras, a grande diferença está nas pequenas coisas, nas atitudes que se cultivam, na forma como vemos o mundo e que determina as nossas acções em relação aos outros, às coisas. Isto diz pouco, não é?

É verdade que em relação ao Irão em particular pouco podemos fazer. Mas podemos indirectamente fazer muito por muitos países onde há conflitos e injustiças gritantes.

Basta perceber de onde vêm muitos desses conflitos e deixar de os alimentar. Isto é simples e ao mesmo tempo extremamente complexo.

Por exemplo o que se passou no Iraque, ter-se-ia passado da mesma forma se não vivessemos numa civilização ávida de energia (logo, petróleo)? Acho que não. É claro que havia conflitos milenares entre eles, e a interferência do ocidente ao longo da história, pelo menos do séc xx foi tudo menos inocente. Mas parece-me que a violência aplicada na resolução dos conflitos é quase sempre proporcional à ganância pelo poder em jogo. E esse poder é dado indirectamente pelo valor que as sociedades atribuem aos bens disputados.

É verdade que sempre existiram lutas pelo poder, e parece que isso faz parte da natureza humana. Mas nunca houve tanta desigualdade, tanta injustiça e tanta indiferença, já que sabemos das coisas e preferimos olhar para o lado (por exemplo dramatizando excessivamente a morte de um cantor pop quando ao mesmo tempo se passam coisas muito mais importantes).

O que é que nós podemos fazer? Podemos, devemos, e eu acho que não temos outra alternativa de sobrevivência, inventar uma sociedade mais consciente das consequências do seu modo de vida e mais solidária, isto é que tenha consciência de que o bem estar dos povos de África (por exemplo) é indispensável ao nosso. Isto significa uma sociedade menos ávida de recursos, em que a qualidade de vida passe menos pelo 'ter' e mais pelo 'ser', em que se tenha em conta o real desenvolvimento de todos os povos - por exemplo aceitando pagar mais caro por produtos certificados pela produção social e ambientalmente sustentável (vulgarmente conhecidos por comércio justo). E agora tenho que pôr um etc senão nunca mais acabava.

Claro que nada disto é simples, e o pior é que as pessoas não têm consicência do que se passa à sua volta. A realidade das maior parte das pessoas limita-se ao mundo que os media despejam - as vazias discussões pseudo-políticas, as tricas locais de quem roubou quantos milhões, o mundo do futebol, o brilho (falso, na minha opinião) destas estrelas cadentes, que são apenas vítimas de uma sociedade esvaziada de valores.

É por isso que acho que é importante, e urgente que as pessoas acordem, e percebam o que realmente move as suas vidas. Mas isto é muito complicado, eu sei...

teresa g. disse...

Bem e agora li outra vez a introdução do teu penúltimo comentário e até fique babada eheh! Pois é, não conseguimos romper a timidez dos visitantes silenciosos, bolas. Acho que tenho que ir apelar à intervenção mais activa dos outros comentadores senão lá se vai o vosso entusiasmo.

DEVESAAAAA!!! Anda cá!!

E aquele outro comentador misterioso que quase conseguiu bater a quilometragem dos meus comentários, onde está ele?

E os outros menos frequentes, mas regulares que eu costumo ver por aí?

Venham!! Os anfitriões do blog vão-nos servir umas minis, e uns cafezinhos para as meninas!

(Eu quero um sumo natural sem açúcar, sff, de laranjas colhidas na hora produzidas pelo meu vizinho que faz protecção integrada nos pomares)

teresa g. disse...

E agora que o andei a postar na quadratura lembrei-me de vos deixar também, já viram o Home?

http://www.youtube.com/watch?v=tCVqx2b-c7U

Vejam, tem tudo a ver com o que tentei dizer, embora se refira às questões ambientais, mas tudo tem a ver com tudo. E é lindíssimo.

devesa disse...

porra!!!

um gajo tem o pc marado uns dias e quando aqui vem estão todos a milhas, quero dizer gigas...

a unica coisa igual, são as lamentações de um deles com o blog
segundo ele não demora tem o blog mais frio que o tal cantor pop...

bem por agora é tudo porque esta porcaria não demora vai abaixo , mas acho que os temas lançados à discussão são optimos por isso me aguardem (mas sentados)...