Peço-vos que leiam este excerto de uma noticia do "Jornal de Noticias".
Um juiz do Tribunal de Barcelona, em Espanha, condenou quarta-feira um mendigo francês a um ano de prisão por ter roubado, com recurso à violência, metade de um pão.
O mendigo foi condenado à revelia por não ter sido notificado do julgamento, uma vez que não tem domicílio para o qual as autoridades pudessem ter enviado o aviso do julgamento.
De acordo com o juiz, o roubo aconteceu a 9 de Setembro, quando o indigente se dirigia à padaria "El Pan", em Badalona, Barcelona, e se apropriou de um pão que uma empregada apanhou também.
O mendigo terá começado a gritar em francês para intimidar a funcionária, tendo conseguido roubar metade do pão. Como prova de que se tratou de um furto violento, o juiz considerou o "sentimento de medo" que assustou a vítima.
"Se não tivesse sido usada a violência, a conduta não tinha sido constituída de delito de roubo, uma vez que o valor (do pão) é inferior a 400 euros", esclarece a sentença.
A legislação espanhola condena o roubo violento com penas de dois a cinco anos, pelo que o juiz condenou o pedinte a um ano, tendo em conta que se tratou de "um acto menor".
Muitos podem não concordar comigo, mas vejo com alguma preocupação o caminho pela qual a justiça portuguesa e não só como é este caso, está a enveredar.
Quando todos dias lemos que a pessoa A ou B desviou milhões de euros (ex: José Oliveira e Costa, Bernard Maddof, entre muitos outros) em que a ganância deles colocaram na miséria milhares de pessoas, ou indirectamente obrigaram o estado a intervir financeiramente para resolver o problema mas deixando um pesado encargo para as gerações futuras. Estes indivíduos que com a sua capacidade financeira, com excelentes advogados e com os conhecimentos que possuem nas altas esferas o mais certo é acabarem por levar uma repreensão do juiz ou então apanhar 3-4 anos mas saindo ao fim de 1 por muito bom comportamento. Agora pergunto aonde é que está a justiça que protege os mais pobres e os indefesos. Vendo um caso e os outros é para dizer que a justiça está mesmo cega.
Um juiz do Tribunal de Barcelona, em Espanha, condenou quarta-feira um mendigo francês a um ano de prisão por ter roubado, com recurso à violência, metade de um pão.
O mendigo foi condenado à revelia por não ter sido notificado do julgamento, uma vez que não tem domicílio para o qual as autoridades pudessem ter enviado o aviso do julgamento.
De acordo com o juiz, o roubo aconteceu a 9 de Setembro, quando o indigente se dirigia à padaria "El Pan", em Badalona, Barcelona, e se apropriou de um pão que uma empregada apanhou também.
O mendigo terá começado a gritar em francês para intimidar a funcionária, tendo conseguido roubar metade do pão. Como prova de que se tratou de um furto violento, o juiz considerou o "sentimento de medo" que assustou a vítima.
"Se não tivesse sido usada a violência, a conduta não tinha sido constituída de delito de roubo, uma vez que o valor (do pão) é inferior a 400 euros", esclarece a sentença.
A legislação espanhola condena o roubo violento com penas de dois a cinco anos, pelo que o juiz condenou o pedinte a um ano, tendo em conta que se tratou de "um acto menor".
Muitos podem não concordar comigo, mas vejo com alguma preocupação o caminho pela qual a justiça portuguesa e não só como é este caso, está a enveredar.
Quando todos dias lemos que a pessoa A ou B desviou milhões de euros (ex: José Oliveira e Costa, Bernard Maddof, entre muitos outros) em que a ganância deles colocaram na miséria milhares de pessoas, ou indirectamente obrigaram o estado a intervir financeiramente para resolver o problema mas deixando um pesado encargo para as gerações futuras. Estes indivíduos que com a sua capacidade financeira, com excelentes advogados e com os conhecimentos que possuem nas altas esferas o mais certo é acabarem por levar uma repreensão do juiz ou então apanhar 3-4 anos mas saindo ao fim de 1 por muito bom comportamento. Agora pergunto aonde é que está a justiça que protege os mais pobres e os indefesos. Vendo um caso e os outros é para dizer que a justiça está mesmo cega.
"Um Só"